Federação de Mixed Martial Arts do Amazonas promete ‘caça’ aos eventos e academias irregulares.
Manaus - Após suspender um evento de MMA por falta de segurança aos lutadores e fazer a organização devolver o dinheiro de todos os espectadores, a Federação de Mixed Martial Arts do Amazonas (Femma) entrou ‘no mapa’. Segundo o presidente da entidade, Laércio Lima, lutador há 20 anos e empresário, este deverá ser o tom da sua gestão pelos próximos quatro anos. Lima disse ter ciência das barreiras que irá enfrentar para profissionalizar o esporte no Estado, mas negou temer por pressão dos demais empresários.
A Femma começou as atividades no dia 30 de janeiro desse ano, depois de lutar por três anos com a burocracia que ocasionou, ainda, a dispersão de algumas das academias interessadas. Agora, a entidade está sediada em uma pequena sala comercial no bairro Chapada, zona oeste, e, conforme o presidente, vai procurar a profissionalização dos atletas e dos eventos da modalidade não restringindo as atividades apenas a Manaus, mas também no interior.
“Nesse primeiro momento, vamos viajar para Manacapuru, Presidente Figueiredo e Coari e já estivemos em Itacoatiara. Queremos apresentar a Femma aos atletas e às academias e dar um prazo para que todos se regularizem”, disse. “Vai ser um trabalho longo, porque, só em Manaus, temos de 20 a 30 modalidades de artes marciais, contando com 400 academias só de jiu-jítsu”.
No dia 16, Lima embargou a 4ª edição do ‘The Best MMA’, evento que contava com um público de 300 pessoas. Segundo ele, a organização já havia sido avisada que precisava seguir uma lista de normas para as lutas, como contar com um médico e uma ambulância durante os embates - o que não foi cumprido. “Aquele foi o primeiro evento de luta a ser paralisado no Amazonas por falta de segurança”, disse Lima.
Para suspender as lutas e garantir que o público recebesse o dinheiro dos ingressos de volta, a Femma precisou contar com reforço policial. Lima disse estar preparado para receber as reclamações de empresários devido às fiscalização. A regularização, disse ele, deve gerar novos gastos, o que vai desagradar muita gente. “Vamos enfrentar barreiras. Parar um evento e fazer o empresário devolver a grana de 300 pessoas não é fácil”.
Federação
Com documentos em mãos, Lima afirmou que nenhum outro grupo poderá constituir outra federação de MMA no Estado. Ele ainda disse que pretende trabalhar em conjunto com entidades de outras lutas para profissionalização do esporte. “O José Aldo luta pelo Rio de Janeiro, hoje, pela falta de organização no Amazonas”, comentou. Entre os próximos planos da Femma estão a publicação de um manual para organizadores de eventos e a obtenção de um ‘cartão de vantagens’ para os atletas associados.